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Aspectos Técnicos

 

O sinal de vídeo é constituído por dois elementos: a luminância e a crominância. A luminância refere-se às luzes (branco e preto), enquanto a crominância se refere ao valor das cores. Num vídeo digital, a captação da luminância e das crominâncias não é feita de forma contínua no tempo (como no caso analógico), mas sim através da amostragem destas grandezas em pontos da imagem e quantificando esses valores, codificando-os em palavras binárias (bits). Isto quer dizer que cada imagem vai ser vista como uma grelha de pontos em que a cada ponto vai estar associado um valor de luminância e dois de crominância.

 

De acordo com os vários formatos, ser for do tipo 4:4:4, significa que o número de crominâncias é igual ao número de luminâncias, tanto nas linhas como nas colunas da grelha. Se for do tipo 4:2:2, significa que o número de crominâncias na linha é metade do número de luminâncias, enquanto na coluna permanece o mesmo. No entanto, se for do tipo 4:2:0, o número de crominâncias é metade do número de luminâncias, tanto nas linhas como nas colunas.

 

Se se considerar uma resolução de televisão de 576x720, significa que o número de amostras (pixéis) de luminância é exatamente esse valor, 576x720. No entanto, supondo que é utilizado um esquema 4:2:0, quer dizer então que o número de amostras de crominância é de 288x360. Considerando uma codificação do sinal de vídeo em PCM, tendo em conta que cada amostra tem 8 bits e que a resolução temporal é de 25 tramas por segundo, vai ser possível calcular o débito (Bitrate) de transmissão:

 

 

 

 

Agora supondo que o vídeo é comprimido e que possui um fator de compressão de luminância e crominância igual a 20 e 35, respetivamente. O débito será muito menor:

 

 

 

 

 

 

 

Daqui pode-se concluir que quanto maior for a resolução maior será o débito. No entanto, o seguinte gráfico (Figura 7) comprova que é possível diminuir o débito sem ter de alterar a resolução. O que acontece é que a eficiência de compressão está a melhorar substancialmente à medida que as novas gerações de codec’s vão surgindo. [5], [12]

 

Figura 7.  Evolução da eficiência de compressão

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